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ToggleEm um mundo repleto de estímulos visuais e sonoros, a busca por experiências sensoriais tornou-se uma prioridade para arquitetos e designers de interiores. É quando a arquitetura sensorial entra em cena, oferecendo uma perspectiva inovadora sobre como percebemos e interagimos com o espaço que habitamos.
Mas o que é a arquitetura sensorial e como ela se relaciona com a iluminação? É o que veremos nesse conteúdo.
Despertando os sentidos na arquitetura: introdução ao conceito
A arquitetura sensorial tem por objetivo projetar ambientes que promovam experiências agradáveis aos indivíduos, através do estímulo aos sentidos.
Em contraste com a arquitetura mais tradicional, que se concentra, principalmente, em aspectos funcionais e estéticos, a arquitetura sensorial busca criar experiências envolventes para os ocupantes dos espaços com os quais se relacionam.
Essa abordagem envolve tudo. Desde a seleção de materiais até a manipulação da luz e a incorporação de elementos que estimulem os sentidos.
O resultado é a criação de espaços que vão além da mera ocupação física, proporcionando uma verdadeira imersão.
A forma como percebemos e nos relacionamos com os espaços que nos cercam é muito influenciada pelos nossos sentidos.
A arquitetura sensorial reconhece essa influência e a utiliza como uma ferramenta para criar ambientes que fiquem realmente guardados na memória.
Cada espaço, quando projetado com sensibilidade, torna-se uma narrativa contada através das sensações que desperta.
Ao compreender a importância da experiência sensorial na arquitetura, percebemos que os espaços não são apenas estruturas físicas, mas palcos para a vida cotidiana.
Eles têm o poder de inspirar, acalmar, energizar e moldar nosso bem-estar emocional e psicológico, alterando o humor, criatividade e até mesmo a produtividade.
Os cinco sentidos na arquitetura sensorial
A visão, audição, olfato, tato e paladar podem ser cuidadosamente estimulados através do design arquitetônico. Veja como isso acontece:
Visão
A visão é o primeiro sentido a ser lembrado e por uma boa razão.
A manipulação da luz, das cores e das formas pode criar uma gama infinita de atmosferas no ambiente.
Ao direcionar o olhar do observador, é possível destacar elementos de design e até mesmo criar ilusões visuais que ampliam ou encolhem um espaço.
Leia também: Conforto visual: saiba a importância desse conceito
Audição
O som influencia como percebemos um ambiente e também impacta as condições de bem-estar do indivíduo.
A arquitetura sensorial é capaz de projetar espaços que proporcionem uma acústica agradável, criando ambientes tranquilos, inspiradores ou dinâmicos.
Olfato
Um cheiro familiar pode resgatar memórias e criar associações emocionais profundas.
Na arquitetura sensorial, o uso de materiais que liberam aromas agradáveis, como sachês de papel e difusores, pode transformar um espaço em uma experiência olfativa única.
Tato
O tato, às vezes, é subestimado, mas é através dele que percebemos o ambiente na pele.
Superfícies texturizadas, uso de materiais naturais em madeira e a sensação térmica de um espaço são fatores que contribuem para a experiência tátil.
A arquitetura sensorial valoriza o toque como um componente importante, que ajuda a criar conexões emocionais com os espaços.
Paladar
Embora menos comum, o paladar também pode ser explorado em alguns contextos, como em espaços de gastronomia e restaurantes. Ou através do oferecimento de doces personalizados, drinks temáticos, etc.
A escolha certa dos materiais e a integração de elementos relacionados à comida e bebida, podem enriquecer a experiência nesse sentido.
Continue a leitura e entenda como a arquitetura sensorial está relacionada, mais especificamente, com a iluminação dos ambientes.
A luz como linguagem na arquitetura sensorial
A luz nos permite ver, e, mais do que isso, ela informa sobre o que nos cerca.
Dessa forma, afeta todos os cinco sentidos, proporcionando uma percepção completa dos ambientes que habitamos.
É um elemento unificador na arquitetura sensorial, pois ela é capaz de alterar a experiência sensorial de um espaço.
Quando usada de forma estratégica, a luz pode estimular não apenas a visão, mas também a audição, o olfato, o tato e até mesmo o paladar. Já imaginou?
A iluminação e a percepção do espaço
Ao iluminar um espaço, temos a possibilidade de alterar a sensação do tamanho, forma e proporção, gerando ilusões visuais que transformam esse ambiente.
Entenda melhor:
Criando ilusões de espaço
Através do jogo de luz e sombra, podemos “confundir” os sentidos de uma forma positiva, e fazer com que um espaço pareça maior, mais acolhedor ou mais amplo do que realmente é.
Um exemplo é o uso de luz direcionada para realçar pontos de interesse em um determinado local, criando um foco de atenção que pode fazer um cômodo parecer mais espaçoso.
Outra técnica comum é o uso da iluminação embutida em tetos ou paredes. Uma luz difusa e suave elimina sombras e cria a sensação de expansão e fluidez.
Em ambientes pequenos, essa estratégia pode tornar o espaço mais aconchegante.
Iluminação vertical e horizontal
A luz que incide nas paredes e no teto, na orientação vertical, pode criar a sensação de altura e amplitude. Por outro lado, a iluminação horizontal enfatiza a extensão do espaço.
A combinação inteligente desses dois tipos de iluminação permite ajustar a percepção de altura e largura em um espaço, adaptando-o às necessidades específicas de um projeto.
Cores e emoções na arquitetura sensorial alinhada com a iluminação
A temperatura de cor da iluminação e a escolha das cores no espaço têm o poder de influenciar as emoções e o estado de espírito das pessoas em um ambiente.
Vamos entender como essa relação entre iluminação e cores pode ser aplicada na arquitetura sensorial:
Temperatura de cor e emoções
A temperatura de cor da iluminação, medida em kelvins (K), permite criar atmosferas emocionais nos ambientes.
Luzes com temperatura de cor mais quente, tendem a transmitir uma sensação de comodidade e conforto. Isso é ideal para espaços de convivência, onde desejamos que as pessoas se sintam acolhidas e relaxadas.
Por outro lado, luzes com temperatura de cor mais fria podem criar um ambiente mais enérgico e produtivo, adequado para locais de trabalho, ambientes de estudos e áreas nas quais é necessário manter o foco e a concentração.
Psicologia das cores
Como vimos, as cores de um ambiente influenciam o comportamento humano.
Na arquitetura sensorial, a escolha das cores em um espaço deve ser feita com base nas emoções que se deseja provocar.
Por exemplo, tons suaves de azul e verde podem criar uma sensação de calma e relaxamento, perfeita para quartos e áreas de descanso.
Por outro lado, cores vibrantes, como vermelho e amarelo podem estimular a energia e a criatividade em espaços de entretenimento.
O uso de luz colorida em ambientes comuns deve ser evitado, deixando, preferencialmente, a variedade de cores para a decoração ou mobiliário do espaço.
A escolha assertiva das cores e iluminação permite que um espaço conte sua própria história, tornando-o mais atraente para seus ocupantes.
Explorando a luz natural e artificial
A luz natural conecta os espaços internos com o mundo exterior, proporcionando uma sensação de amplitude e criando uma ligação com as mudanças de luz ao longo do dia e das estações do ano.
Na arquitetura sensorial, a luz natural é muitas vezes utilizada para criar ambientes que evocam serenidade e uma conexão com a natureza.
Grandes janelas, claraboias e aberturas bem posicionadas, são recursos que permitem a entrada generosa de luz natural.
Ela pode ser utilizada também em espaços de bem-estar, onde a conexão com a natureza é um componente importante.
Luz artificial: versatilidade e controle
A luz artificial, por outro lado, oferece um nível de controle e versatilidade essencial na criação de ambientes sensoriais.
Através do uso de luminárias de diferentes intensidades luminosas e cores, os designers podem personalizar o espaço de acordo com o seu propósito, as preferências dos clientes e as emoções que desejam provocar.
Iluminação como elemento de destaque
A iluminação não é apenas funcional, ela pode ser um destaque e elevar o nível de sofisticação e beleza do projeto arquitetônico:
Iluminação de fachadas
Essa é uma técnica que pode dar vida aos edifícios durante a noite.
Através de luzes posicionadas estrategicamente, é possível realçar elementos arquitetônicos, criando uma visão diferenciada aos observadores.
Esse efeito transforma edifícios em obras de arte noturnas, contribuindo para a identidade visual de uma cidade.
Iluminação de vitrines
Já no ambiente comercial, a iluminação de vitrines é um ponto a favor na atração dos clientes.
Através da escolha cuidadosa de luminárias e da criação de iluminação focada, produtos e displays podem ser realçados, atraindo o olhar dos clientes para os itens mais estratégicos.
Crie experiências sensoriais com a ajuda da Accord
Como vimos, a arquitetura sensorial e a iluminação trabalham em conjunto para criar espaços que vão além das funções básicas de visibilidade.
Elas moldam os ambientes através das experiências sensoriais, melhorando o bem-estar físico e emocional dos ocupantes daquele local.
Dessa forma, ao projetar espaços, é importante considerar a funcionalidade, a estética e, ainda, adicionar o ingrediente especial de estímulo aos diversos sentidos humanos.
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