Como reduzir a poluição luminosa? 6 dicas para adequar a iluminação

Como reduzir a poluição luminosa? 6 dicas para adequar a iluminação

Compartilhe o artigo via:

A descoberta da iluminação artificial permitiu realizar diversas tarefas durante a noite e os avanços tecnológicos aperfeiçoaram cada vez mais os tipos de luz. No entanto, esse progresso também desencadeou um problema: a poluição luminosa

O fenômeno tem implicações significativas para o meio ambiente, a saúde humana e o bem-estar geral. Por isso, é importante abordar medidas para mitigar seus efeitos nocivos.

Pensando nisso, você verá no artigo o que é a poluição luminosa, seus principais impactos e como adequar o projeto luminotécnico para evitar essa questão.

Vamos lá?

O problema da poluição luminosa: conceito e implicações

A poluição luminosa acontece quando a luz artificial ultrapassa os limites desejados, irradiando para além das áreas designadas ou tendo intensidade superiores aos níveis confortáveis. 

Isso cria uma luminosidade excessiva e prejudicial, que interfere, entre outros aspectos, na visibilidade do céu noturno. 

E essa poluição tem crescido! Um estudo da Universidade de Exeter, na Inglaterra, indicou um aumento de 49% no período de 25 anos (entre 1992 e 2017), tornando-a uma questão global que demanda nossa atenção imediata. 

Mas o próprio estudo afirma que esse valor pode ser ainda maior. Isso porque os sensores de satélite não conseguem captar a luz azul, emitida em maior quantidade pelas lâmpadas LED, em comparação com tecnologias de iluminação mais antigas.

O professor da USP, Roberto Dell’Aglio, afirma que a pior forma de poluição luminosa é o skyglow, ou seja, quando se forma um nevoeiro luminoso que esconde as estrelas e constelações no céu noturno, devido aos fótons emitidos por luzes da rua que se dispersam para a atmosfera.

As luzes da cidade auxiliam na segurança à noite, mas seu uso indiscriminado traz consequências além do impacto visual, comprometendo a estética natural do céu estrelado, os ecossistemas, fauna, flora, e até mesmo na saúde e qualidade de vida dos seres humanos.

Essa exposição constante à luz artificial pode desregular o funcionamento do corpo, contribuindo para distúrbios do sono, problemas neurológicos e até mesmo distúrbios físicos, como você verá ao longo desse conteúdo.

Nesse contexto, é importante entender quais são as causas mais comuns de poluição luminosa e as soluções práticas para minimizar seus efeitos adversos. 

Fontes comuns de poluição luminosa

A poluição luminosa, resultante do uso descontrolado de luz artificial, encontra suas raízes em diversas fontes que estão no nosso cotidiano. 

É importante compreender essas causas para traçar estratégias de combate a esse fenômeno prejudicial. São elas:

Iluminação de ruas e estradas

A iluminação pública, destinada a garantir a segurança nas ruas e estradas, muitas vezes, acaba contribuindo para a poluição luminosa. 

A intensidade excessiva de luz nessas áreas, além de desperdiçar energia, dispersa-se para além das vias, criando um brilho intrusivo que afeta a fauna e flora locais e também compromete a visibilidade noturna.

Essa luz inadequada de ruas e estradas é responsável por uma parcela significativa da poluição luminosa em áreas urbanas.

Publicidade e iluminação comercial 

A publicidade ostensiva e a luz excessiva, provenientes de estabelecimentos comerciais e painéis, são fontes significativas de poluição e causam impactos adversos ao meio ambiente e à sociedade. 

Os painéis luminosos, letreiros vibrantes e fachadas intensamente iluminadas consomem uma quantidade considerável de energia, aumentando a pegada ambiental desses espaços, além de contribuírem para a propagação indesejada de luz para outras áreas. 

Esse efeito é agravado quando invade áreas residenciais e compromete a qualidade de vida. O resultado é uma interferência prejudicial nos ritmos biológicos dos habitantes, afetando negativamente a saúde e o bem-estar da comunidade que está no entorno.

Luzes excessivas em residências

As luzes residenciais também contribuem para esse desconforto. O uso indiscriminado em ambientes domésticos causa o aumento de brilho indesejado, afetando diretamente as vizinhanças. 

Além disso, a iluminação excessiva no interior das casas pode aumentar a reflexão de luz nas áreas externas, acentuando ainda mais o problema, pois gera um efeito cíclico

Por isso, é preciso também um trabalho conjunto com as residências, abordando o uso responsável da iluminação para reduzir o impacto negativo na qualidade do céu noturno.

Espaço com banheira de hidromassagem e colunas Accord Lanterna
Arq. Vanessa Diniz/ Foto: Daniel Henrique de Sousa Leite

Impactos da poluição luminosa no bem-estar e na saúde dos usuários de um espaço

A poluição luminosa, além de comprometer a beleza do céu noturno, exerce impactos significativos na saúde e no bem-estar das pessoas expostas a ambientes excessivamente iluminados. 

A exposição constante e desmedida à luz artificial pode desencadear uma série de impactos, abordados a seguir.

Distúrbios do sono

A exposição noturna à luz artificial interfere no ciclo circadiano, responsável pela regulação do ciclo sono-vigília, prejudicando a produção de melatonina, o hormônio do sono.

O aumento da luminosidade durante a noite pode levar a distúrbios do sono, como insônia e dificuldades em atingir fases mais profundas do repouso. 

A falta de qualidade do sono –definida por sua duração, a regularidade e os estágios–, contribui para uma série de problemas de saúde, como ansiedade, alterações do humor, da memória e das capacidades mentais, como aprendizado, raciocínio e pensamento.

Efeitos neurológicos

A interferência nos ritmos circadianos não afeta apenas o sono, mas também pode levar a alterações neurológicas

A desregulação do sono e outras atividades corporais leva a distúrbios cognitivos, problemas de memória e até mesmo aumento do risco de desenvolvimento de outras condições neurológicas, como aumento do estresse e da ansiedade, que podem evoluir para quadros mais graves como depressão e outros transtornos psicológicos. 

Distúrbios físicos

Além dos impactos no sono e no sistema nervoso, essa poluição pode desencadear problemas físicos

Se expor à luz artificial durante a noite interfere na produção de melatonina, um hormônio associado ao ciclo circadiano e ao processo de envelhecimento celular.

Esses efeitos cumulativos reforçam, inclusive, a importância de abordar a poluição luminosa como um problema de saúde pública.

Como adequar o projeto luminotécnico?

O projeto luminotécnico é o planejamento funcional da iluminação do ambiente, por meio de recursos de luz natural, luminárias e automação combinados.

Uma forma de evitar o excesso de luz artificial é desenvolver um bom design integrado ao seu projeto. 

Entender a importância dessa abordagem e como a tecnologia pode ser aliada na minimização dos impactos é o primeiro passo para criar ambientes mais equilibrados e saudáveis.

Por isso, veja o passo a passo para adequar o seu projeto e evitar esse problema:

Conheça a finalidade do ambiente

Primeiro, é preciso compreender a finalidade do ambiente, considerando quais atividades serão realizadas nele. 

Cada espaço possui necessidades específicas de iluminação, e um projeto bem-adaptado leva em consideração essas particularidades. 

Seja um espaço público, residencial ou comercial, o design luminotécnico precisa ser flexível e acompanhar as exigências de funcionalidade, sem comprometer a qualidade do ambiente noturno natural.

Proporcione o uso consciente da iluminação

O uso consciente da iluminação é um fator importante na redução da poluição luminosa. 

Para alcançar esse objetivo, pode-se implementar sistemas que permitam ajustes na intensidade luminosa, conforme a necessidade, evitando o desperdício de energia e a emissão de luz desnecessária durante a noite.

O uso de sensores de presença e temporizadores é uma boa forma de garantir que a iluminação esteja ativa apenas quando for realmente necessário.

Indique as fontes de luz e lâmpadas adequadas

Escolher bem as fontes de luz faz total diferença no projeto. 

Optar por tecnologias modernas, como LEDs, contribui para a redução do consumo de energia e também minimiza a dispersão de luz, favorecendo a eficiência energética e a sustentabilidade.

Por isso, considere selecionar luminárias mais direcionadas e com uma temperatura de cor adequada para assegurar que a luz seja focada em locais específicos do ambiente, evitando também o brilho excessivo.

Espaço em sala de estar com arandela em conjunto com poltrona
Arq. Inara Medeiros/ Foto: Janaina Lott

Soluções práticas para diminuir a poluição luminosa

Antes de expor as soluções, é importante lembrar que a luta contra a poluição luminosa não é apenas responsabilidade de especialistas em iluminação. 

Cada pessoa pode contribuir para sua redução ao adotar práticas mais conscientes em seu dia a dia. 

Fato é que essa poluição cresce a passos largos, impondo desafios à saúde humana e ao equilíbrio do ecossistema. Felizmente, existem soluções práticas que os profissionais podem adotar para minimizar os impactos negativos no cotidiano. 

Agora que você entende todas as implicações dessa condição excessiva de luz, veja as dicas de como solucionar esse problema: 

Escolher a temperatura de cor adequada

A temperatura de cor nada mais é do que a aparência da luz. No geral, existem três tonalidades ou temperaturas: quente, fria e neutra. A escolha das fontes de luz de acordo com essa característica é capaz de reduzir a poluição luminosa. 

Optar por tons mais quentes e suaves favorece uma iluminação mais amena, reduzindo o contraste com o ambiente noturno e minimizando o impacto na visibilidade do céu. 

Além disso, luzes de cor mais quente são menos prejudiciais para a fauna noturna, promovendo um melhor equilíbrio ambiental.

Evitar a iluminação excessiva

Um dos grandes vilões desse tipo de poluição é o excesso de luz em grandes centros urbanos. E, como você viu, essa intensidade luminosa nas cidades só cresce ao longo dos anos. 

Utilizar a quantidade de luz necessária para cumprir uma função específica do ambiente, sem excessos, reduz o consumo de energia e também minimiza a dispersão de luz para áreas não desejadas. 

Assim, é possível preservar as condições de iluminação mais próximas do natural e manter um ambiente noturno mais equilibrado, favorecendo a manutenção do ritmo biológico do corpo.

Usar luzes de LED

O LED tem a propriedade de transformar energia elétrica em luz através da eletroluminescência. É esse processo que confere a essa iluminação características como o menor consumo de energia.

Além de serem energeticamente eficientes, as luminárias de LED permitem um maior controle sobre a direção da luz, reduzindo desperdícios e evitando a emissão de luminosidade para o céu e outras áreas. 

Para isso, é recomendado o uso de LED de temperatura mais baixa que emite luz em tons mais suaves, geralmente não excedendo 3000K.

Conheça as luminárias de LED das linhas Dot e Stecche Di Legno da Accord!

Posicionar as luminárias corretamente

A orientação e posicionamento estratégico das luminárias é o que direciona a luz apenas para onde é necessário. 

Como exemplo de luminárias direcionais, os pendentes e plafons oferecem vantagens na distribuição da luz para todo o ambiente com ótimo custo-benefício. 

A Accord possui diversos modelos, formatos e materiais dessas luminárias, como, por exemplo, as linhas Pendente Horizon e Plafon Balance.

Iluminar apenas a área necessária

Para iluminar apenas um local específico, é preciso primeiro avaliar quais as necessidades de iluminação desse espaço, de acordo com sua funcionalidade

Ao identificar as zonas que precisam de destaque, evita-se o uso excessivo de luz, preservando a escuridão natural e contribuindo para a redução da poluição.

E, como outras práticas, a redução do uso de eletricidade também contribui para a preservação do meio ambiente.

Desligar as luzes quando não estiver em uso

Essa é uma das estratégias mais simples para evitar o desperdício

Além de economizar energia, proporciona benefícios ambientais e reduz os impactos na saúde humana.

Ao adotar essas soluções, há a promoção de ambientes mais saudáveis, sustentáveis e preservados, além de criar um impacto positivo duradouro no meio ambiente e no bem-estar coletivo.

Proporcione bem-estar ao seu dia com a Accord!

A poluição luminosa, um subproduto do avanço tecnológico e do uso indiscriminado da iluminação artificial, é uma questão global que impacta negativamente o meio ambiente e a saúde das pessoas. 

O crescimento exponencial desse fenômeno demanda uma ação imediata e consciente por parte da sociedade. 

Nesse contexto, um projeto luminotécnico alinhado a práticas de redução da poluição pode contribuir para a criação de ambientes mais equilibrados e benéficos.

A Accord, com sua expertise em soluções luminotécnicas, oferece produtos e serviços que vão ao encontro de práticas sustentáveis. Além de possuírem design inovador, utilizam matéria-prima certificada, o que se traduz em materiais de qualidade, duráveis e únicos.

Navegue pelo nosso catálogo e site, conheça nossas inovações e descubra como a Accord pode transformar o seu projeto e o bem-estar de todos!

Compartilhe o artigo via: